Atacado a faca, Bolsonaro chegou ao hospital quase morto, posso lhes afirmar. Agora, todos torcemos pela sua recuperação e presença na máquina de votar no dia das eleições.
Ganhar ou perder faz parte da democracia. Ser retirado da disputa na marra, não. Fez ele muito bem em continuar a campanha mesmo no leito do hospital, onde agradeceu a sobrevivência aos médicos e a Deus. Sou católico, mas Deus é um só e compartilho de sua fé.
Analisar o que se passou na cabeça do criminoso será tarefa para psiquiatras forenses ou, se foi encomendado por algum seguimento político, trabalho para a Polícia.
A visibilidade do episódio é símbolo dos ataques diariamente temidos, tentados ou sofridos pela população.
Facas e até cacos de vidro são armas usadas por delinquentes nos assaltos do dia a dia do Rio de Janeiro. A sensação de impunidade estimula o crime.
No caso de Bolsonaro, a prevalecer a tese de ação isolada do agressor, podemos estar diante da doentia busca de notoriedade de um psicopata, como o assassino de John Lennon, que se confessou fã da famosa vítima.
Vê-se por esse e outros episódios passados como podem ser falhas as teorias que procuram relacionar agressões com reações a ideias.
Assim como a facada não parou Bolsonaro, os demais candidatos devem continuar suas campanhas, no enfrentamento do medo compreensível para os que não disputam cargos públicos.