Caminhar pelo Estado provoca devaneios para quem vive trancado no Plenário sem janelas da Câmara dos Deputados. Ainda em São José, olhando a paisagem, fui despertado para uma cabra solitária em meio ao terreno contíguo ao da reunião que iria começar. Fui até ela, com a lembrança de Nelson Rodrigues e a cabra que pastava em terreno baldio, que virou personagem de inúmeras crônicas do saudoso escritor.
Sem muita esperança de acariciá-la aproximei-me e, para minha surpresa veio até mim, que não sabia estar sendo observado por um grupo de pessoas, seguramente achando esquisito visitar a cabra.
Só quando ela veio até minha mão é que percebi que me olhavam, porque aplaudiram, mas espantaram a cabra. Vejam só: